Doenças e tratamentos

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Anemia
Consiste numa diminuição do seu número de glóbulos vermelhos ou do seu constituinte, a hemoglobina. Para determinar se o seu cão está anémico, deve observar-se a cor das mucosas ( o interior da boca conjuntiva ), que num cão saudável são de cor vermelho-vivo, enquanto num animal anémico estarão pálidas, se não totalmente brancas. Outros sintomas da anemia são debilidade geral e o aparecimento de uma respiração ofegante ao fazer o mínimo esforço.
As causas mais frequentes da anemia são;

Envenenamento por compostos anticoagulantes (normalmente presentes nos raticidas); Desequilíbrios nutricionais; uso de determinados fármacos (como aspirina, anti-inflamatórios); hemorragias internas por pancadas; parasitas externos (carraças); parasitas Internos (filaríase cardiopulmonar); agentes infecciosos (piroplasmose, leptospirose); tumores (medula óssea, intestino, baço) e doenças genéticas típicas de determinadas raças (como, por exemplo; Beagle ou West Highland).

Coxeio
O seu cão coxeia com facilidade embora não tenha uma dor grande. É difícil, por vezes, estabelecer o grau de dor de uma pata, porque muitas vezes o cachorro queixa-se ao mínimo toque e chora desesperado. Em todos os casos, impõe-se a regra de se dirigir ao veterinário o mais rapidamente possível, desde que se apresenta o coxeio (como único sintoma) que permanece durante mais de um dia e não há sinais de melhoria. Entre as causas do coxeio, para além das fracturas, encontram-se também luxações, entorses, artrites, etc.

Debilidade Geral
Está sempre presente no caso de haver anemia (ver acima) ou pode então aparecer no caso de envenenamento de vários tipos ou quando o animal tem diarreia (isto é, num estado de deterioração orgânica grave da "flora intestinal").

Desidratação
Produz-se por uma perda de sais e líquidos orgânicos em consequência de diarreia, vómitos ou outros problemas. Nos cachorros é particularmente perigosa porque pode leva-los à morte em pouco tempo (de facto, não têm demasiados recursos). Um cachorro desidratado está débil, tem a pele pouco elástica e as mucosas secas.

Diarreia
As causas da diarreia são várias e vão desde as desordens à intolerância alimentar, à presença de bactérias, vírus, protozoose, parasitas e à ingestão de substâncias tóxicas. De cada vez que aparece um episódio de diarreia é útil ter o cachorro em jejum para ver se desaparece; se isto não acontecer, prolongue mais o jejum e dirija-se ao veterinário. Lembre-se de que é sempre útil observar que tipo de fezes o cão faz e, no caso de anomalia, colher uma amostra e leva-la ao veterinário para que examine.

Falta de Apetite
Se o cão jejuar durante um longo período de tempo na fase de crescimento, está a comprometer o seu desenvolvimento e, por conseguinte, será conveniente conhecer exactamente a causa que desencadeou a falta de apetite. Muitas vezes, trata-se de uma rejeição a certos alimentos. Pode acontecer, por exemplo, que alguns cachorros se «cansem» da comida seca e nestes casos, será conveniente (fazendo alterações adequadas na dose) adicionar comida semi-húmida. No entanto, acontece mais de uma vez, que o dono habitua mal o cachorro dando-lhe pedaços deliciosos, induzindo-o a rejeitar a comida para cães.
A falta de apetite pode indicar uma doença grave acompanhada de outros sintomas como febre, perda das actividades sensoriais, etc.

Inchaço das patas
Sintoma que pode indicar doenças carenciais como o raquitismo ou ser indicador de fracturas, artrites ou luxações (no entanto, neste caso, o cachorro terá as patas levantadas que lamberá incessantemente). Os inchaços podem também ser provocados por feridas ou corpos estranhos cravados entre os dedos.

Incontinência urinária
Esta doença pode depender de diversas causas. Nos cachorros muito tímidos aparece sempre que se emocionam, por exemplo, quando recebem uma carícia. O problema torna-se importante se a incontinência for permanente; nestes casos pode suspeitar-se que sofre de algum defeito congénito no aparelho urinário.

Obstipação
Habitualmente, os cachorros não apresentam este problema, mas se a dieta não for adequada - por carecer de fibras ou gorduras ou então por excesso de ossos - - pode acontecer a emissão de fezes muito duras. Como norma geral, é muito importante assegurar-se de que o cachorro faz as necessidades duas ou três vezes ao dia (conforme a idade); pode acontecer que o processo de eliminação esteja bloqueado pela ingestão de objectos de diferentes géneros (pedras, cordas, pedaços de plástico ou de madeira) que provocam obstruções, impedindo a passagem das fezes.

Perda de pêlo
Quando é excessiva e acompanhada de outros sintomas, como ardores, crostas, será necessário ir ao veterinário para saber se o cachorro não está contaminado com doenças parasitárias (como a sarna). Pode ser provocada por uma alimentação recta, desequilibrada, micoses cutâneas e dermatites em geral.

Perturbações da boca
Os sinais são: mau hálito, dificuldade a mastigar a comida e na deglutição, salivação abundante, avermelhada, úlceras e hemorragias. É necessário observar sempre com atenção o interior da boca para verificar que não têm corpos estranhos, pedaços de estilhaços, fragmentos vegetais ou de ossos, ou se não há problemas nas gengivas nem nos dentes. Nos cães pequenos (Bichon Maltês, Yorkshire) verifica-se frequentemente a formação de sarro que, com o tempo, danifica as gengivas e provoca a queda dos dentes. Com estes animais é necessário ir de vez em quando ao veterinário para proceder a uma limpeza geral; é sempre útil que o dono efectue uma limpeza com escova e dentífrico apropriados.

Perturbações das orelhas
Se o pavilhão auricular estiver muito inchado, é possível que se trate de um hematoma, provocado por esmagamento ou por um auto-traumatismo. Se, pelo contrário, tiver uma quantidade de cerume ou então uma secreção purulenta com mau odor, pode ser devido a uma inflamação do ouvido externo, uma otite. No caso desta última infecção não ser curada, pode complicar-se até implicar o ouvido médio, com graves consequências, como a perda do equilíbrio ou a inclinação da cabeça.

O cachorro com otite ou que tem no ouvido um corpo estranho (muitas vezes pragana), sacode a cabeça e toca na orelha doente com as patas. As raças mais predispostas a este tipo de afecções são as que têm as orelhas de grandes dimensões ou penduradas, como o Cocker Spaniel ou Lhasa Apso. É importante que, periodicamente, se faça a limpeza dos pavilhões externos das orelhas do cão usando algodão ou gazes impregnadas no líquido correspondente.

Perturbações dos olhos
Os sintomas mais frequentes são olhos fechados ou inchaço das pálpebras, avermelhamento e secreções, opacidade da córnea e erupção na terceira pálpebra. As causas da inflamação são muitas vezes infecções ou traumas provocados por arranhões ou pela presença de pequenos corpos estranhos,como fragmentos vegetais. O cachorro com estas afecções tende a ficar deprimido, não come e esfrega sem parar o olho doente.

Prurido
As infecções provocadas por pulgas, bem como as intolerâncias alimentares e as alergias ambientais, estão entre as principais causas dos ardores. Para resolver o caso, é útil investigar os hábitos alimentares e a vida do cão com o fim de descobrir a causa. Se se revelar como uma intolerância alimentar, será necessário prescindir do alimento responsável pelo problema; se a causa for um agente presente no ambiente ( como pó ou fibras ) será necessário evitar que o animal esteja em contacto com esta substância determinada. Quando a causa é parasitária, deverá estabelecer-se qual é o agente responsável e iniciar quanto antes a terapia mais apropriada, seguindo as prescrições do veterinário.

Sede excessiva
Todos os cachorros têm tendência para beber muito, mas, no caso de a quantidade de água solicitada superar certos limites e isso coincidir com outros sintomas (diarreia, excesso de micção urinária, emagrecimento ou vómitos), será conveniente consultar o veterinário.

Tosse
Nos cachorros é frequente a tosse dos canis; pode também ter a tosse da esgana. Hoje em dia, estas patologias são mais raras do que no passado, pois a maior parte da população canina está vacinada.

Quando a tosse aparece de repente, pode ser devida à presença de corpos estranhos na garganta e será, portanto, útil inspeccionar esta região para certificar-se de que não há nada nela. A tosse é também sintoma de patologias da traqueia, brônquicas e pulmonares. Por isso, é muito importante observar o modo de tossir e conta-lo pormenorizadamente ao veterinário.

Vómitos

Se aparecem sem outros sintomas e não duram muito tempo, podem indicar a necessidade de expulsar do estômago algum corpo estranho, como um pedaço de madeira ou pedra. Isto acontece, frequentemente, nos cachorros que comem qualquer coisa por brincadeira, seja ou não comestível. No entanto, torna-se preocupante se para além dos vómitos aparecer diarreia, cansaço e desidratação. Perante os vómitos será sempre um comportamento correcto não administrar bebidas nem alimentos sólidos durante pelo menos doze horas.

Espero que tenham gostado, e também espero que isto ajude um pouco a perceberem certas situações. Por favor não dê medicamentos logo que encontrar algo semelhante ao que foi dito. Isto é apenas um pequeno dicionário para que percebam certas doenças, por isso, se um amiguinho tem algo parecido leve-o imediatamente ao veterinário ou então ao Hospital para animais.

VACINAÇÃO E DESPARASITAÇÃO

  • Desparasitação dos cachorros: dos 15 dias aos 2 meses; de 15 em 15 dias (conselho Drontal Puppy)
  • Dos 2 aos 6 meses: todos os meses (Drontal Puppy)
  • Desparasitação dos cães adultos: O ideal é de 4 em 4 meses (Drontal Adulto)
  • Desparasitação de cadelas que vão acasalar: 2 a 3 dias antes do acasalamento – 10 a 15 dias antes do parto – 10 a 15 dias depois do parto
  • Desparasitação externa: depende dos locais que o cão frequenta, mas no minímo de 3 em 3 meses e principalmente antes do verão. (Aconselho Advantix da Bayer)
  • A primeira vacina deverá ser dada aos 2 meses, depois é só seguir as indicações do veterinário ou as constantes na caderneta de vacinas que lhe será fornecida